Fechou o tempo, o salão fechou, mas eu entro mesmo assim. Eu sei que fui um impostor, porém me deixe ao menos ser pela última vez o seu compositor. Quem vibrou nas minhas mãos, não vai me largar assim. Acenda o refletor, apure o tamborim, aqui é o meu lugar, eu vim.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Mas as coisas entre eles nunca vão mudar.

Deus... era este a quem amava, pensou. E sempre iria amar.
Era o impulso daquele maxilar teimoso, as escuras sobrancelhas e os piercings em sua orelha e lábio inferior. Era aquele cabelo preto espesso, brilhante, a pele dourada e aquele forte corpo musculoso. Era a maneira como ria e o fato de que nunca, jamais chorava. Eram as cicatrizes em seu interior que ninguém conhecia e a convicção de que seria sempre o primeiro a correr em direção a um prédio em chamas ou a uma luta sangrenta ou acidente de carro.
Isso era o que Qhuinn sempre seria.
Mas as coisas entre eles nunca vão mudar.

Não podia me dar ao luxo de pedir, lembrei-me de todas as vezes em que, por ter tido a doçura de pedir, não me deram.